quinta-feira, 3 de maio de 2012
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O CORAÇÃO TEM RAZÕES QUE A PRÓPRIA RAZÃO DESCONHECE
Era noite e eu estava com ela ao meu lado, esperando o metrô que a levaria para casa. Ela provavelmente quando chegasse, tomaria um longo banho e cairia no sono logo após vestir seu pijama azul que eu gostava tanto. Gostava, porque agora seria obrigado a não gostar mais. Eu me sentia perdido quando olhava para ela e ela não retribuía o olhar e quando vi que seus olhos seguravam algumas lágrimas, senti meu peito apertar. Não teria mais ligações no meio da madrugada, nem filmes que víamos abraçados. Estava tudo acabado e parte de mim se recusava a aceitar.
Quando ela entrou no metrô, sem dizer nada, vi-a sentar com a cabeça baixa e a porta se fechar diante dos meus olhos. Foi-se. Ela se foi e meu coração foi junto. Saí da estação e uma fina garoa tocou meu rosto. Pus meu capuz e decidi tomar uma longa caminhada até em casa.
Via as pessoas tentando escapar da chuva, mas eu pouco ligava pro meu moletom que começava a ficar encharcado. De repente tudo começou a sumir.
Então eu acordo, assustado e tremendo. Esfrego os olhos e suspiro. "Foi só um pesadelo" digo em voz alta. Procuro meu celular pela cômoda e mando uma mensagem para minha namorada escrito apenas um sincero "Eu te amo".
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